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Nesse falo mas não falo meu amor pela metad


Acho de uma graça sem igual quem tem como parte de si o princípio de nunca deixar um livro pela metade e sempre terminar. Assistir filmes de cabo a rabo, terminar as séries todas por pior que seja o recheio, sempre ter alguma esperança de reviravolta no fim (Júlia esses dias usou essa palavra ao invés de plot twist e eu achei linda a língua portuguesa). Euzinha sou muito usuária de metades. Gabriela cravo e canela parou antes mesmo de chegar ao meio, e assisti todos os Harry Potter por pedaços cortados de quando ligava a TV que por final, pedaços somados deram na sequência completa. Faço uma mão e deixo pra terminar a outra depois, arrumação de estante pelas metades etc mas é que sou distraída sabe. E essa quarentena abriu um buraco na minha vida muito reconfortante, tá tudo muito em suspensão, faculdade que durou uma semana só, aí um romance que quando ia engatar agora tá ali em cima do muro, um emprego que começou mas não deu pra terminar, essas coisas. Mas não por culpa minha dessa vez, culpa daquele senhor que resolveu ir à Itália. E me agrada essa suspensão do trem todo, porque é meio que quando o metrô fica parado um tempão por sei lá que motivo e aí não existe absolutamente NADA a se fazer pelo meu atraso e aí só me resta estar e ser. Não que essa conclusão filosófica me conforte 100% do tempo. (usarei da minha condição geminiana de encerrar o texto por aqui) O importante é a gente estar pendurado no tempo fazendo malabarismo tipo aquelas duplas de circo (que também fiz só uma aula e deixei pra lá).


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