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No amor, essa flor perene


Queria te falar que conheci uma bandinha nova, e que vou enjoar dela semana que vem; aprendi a tocar uma música no teclado do celular; aprendi a usar ponto e vírgula; aprendi a gostar de cebola mas continuo odiando pimentão. Queria ler as linhas das suas mãos e reclamar dessa ruguinha que aparece no meio da sua testa quando você fala de política. Queria contar as listras daquela sua camisa xadrez e ler uma poesia que vi pichada num muro por aí. Te falar de Matilde, te falar sobre bruxas, te falar sobre violeta e cor de lavanda. como vai sua mãe? e o gato da vizinha que se parecia com Madame McGonagall? aprendeu a fazer pudim? já sabe que é feito de estrelas? já sabe que estamos mais próximos da África do que há meia hora atrás? já sabe que a saudade é mais dificil de matar do que imaginávamos? Talvez você continue odiando chá e gostando sem motivo nenhum de salpicão com maionese e maçã, talvez tenha aprendido a fazer macarrão e tenha decorado a fórmula do coeficiente de solubilidade pela décima vez no ano. Ainda não sei como matar a saudade de fome, não sei como se faz bala mole, não sei como anda Ana, nem Manoela; mas meu bem, meus ossos sentem sua falta.


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