Onde haja sol, meu corpo nu junto ao seu corpo nu

{perdão pelo texto meio perdido, meio sem pé nem cabeça, tô apaixonada}

talvez tudo tenha acontecido quando eu ouvi você cantando Cícero e pensei "caramba, como ele é desafinado", e logo depois você falou alguma coisa sobre minha camiseta ou qualquer coisa assim. o fato é que me prendi a esses pequenos detalhes seus cada vez que a gente se beija e você fica deitadinho do meu lado respirando ofegante e de olhos fechados. Deus, queria que meus olhos pudessem fotografar esse momento e revelar como numa Polaroid. E aí começo a decorar cada traço seu como decoro qualquer uma dessas fórmulas que dão em formas geométricas perfeitas dentro de um quadrante de um gráfico qualquer. Sua sobrancelha bagunçada deve ser algum par ordenado com o y de valor alto (aliás, acho meio bizarro isso de você conseguir levantar só uma), essa sua voltinha no ossinho do nariz, e os seus cílios loirinhos e desnecessariamente compridos demais, então você sorri e formando uma parábola com A positivo combinando com essas duas pintinhas perto da sua orelha de elfo (que eu sinceramente não sei porque você odeia tanto, já que elfos são os melhores seres da Terra Média) que sorriem pra mim quando você está distraído olhando pro teto esperando o mundo parar de girar. E você vira de lado e olha pra mim e ficamos nessa sensação sufocante de respirar o ar um do outro, e voltamos a nos beijar loucamente porque né, a vida não é uma fotografia e eu perdi o jeito pra escrever textos de amor (desculpa, é o ENEM).